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Quinta-feira, 25 de Setembro de 2025
Larvas e gafanhotos: por que não devemos desprezar a ideia de comer insetos

Gastronomia
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Larvas e gafanhotos: por que não devemos desprezar a ideia de comer insetos

Especialistas cada vez mais sugerem que gafanhotos, minhocas e larvas, entre outros ingredientes com antenas e patas, são os alimentos do futuro

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O hábito de comer insetos é chamado de Entomofagia: quando o consumo direto ou de seus produtos derivados é praticado por seres humanos, tal prática é chamada de Antropoentomofagia – e se essa hipótese lhe parece uma péssima e repulsiva ideia, saiba que especialistas cada vez mais sugerem que gafanhotos, minhocas e larvas, entre outros ingredientes com antenas e patas, são os alimentos do futuro. Uma reportagem do jornal The Washington Post investigou tal tendência, para apontar os benefícios e as dificuldades de crescimento e conquista do púbico da indústria dos insetos.

É claro que o consumo de insetos não é nenhuma novidade: trata-se, em verdade, de hábito milenar, ainda mantido por mais de 2 bilhões de pessoas atualmente, em partes da África, da Ásia e da América Latina. O uso dos animais, porém, como matéria-prima para alimentos industrializados em escala global é novo, e vem crescendo em ritmo intenso. A estimativa é que, em 2030, esse se torne um mercado avaliado em 9,6 bilhões de dólares. Alguns produtos, como formigas salgadas e barras de proteína à base de grilo em pó, já fazem sucesso através de vendas online.

Os famosos Chapulines, prato típico do México feito com grilos fritos
Os famosos Chapulines, prato típico do México, feito com grilos fritos

A gastronomia com insetos oferece benefícios consideráveis para nosso corpo, mas principalmente para a saúde do planeta. Os bichinhos são ricos em nutrientes essenciais como proteína, ferro, zinco cálcio, vitaminas e antimicrobianos que melhoram nossa imunidade e ajudam a combater inflamações, infecções e até doenças como câncer. Além disso, a produção de alimentos com insetos produz muito menos gases de efeito estufa e exige uma quantidade menor de terra e água do que as fazendas convencionais – além de produzir uma quantidade muito maior de alimentos na relação com o consumo de rações ou plantas para a produção.

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De acordo com a reportagem, a maior dificuldade de tal indústria não diz respeito ao sabor dos produtos, mas sim ao aspecto visual: da mesma forma que a maioria das pessoas não gosta de comer um prato com carne bovina cuja aparência de fato se assemelhe com uma vaca ou um boi, boa parte do público resiste a pratos em que antenas, patas ou o corpo dos insetos esteja visível e identificável. O mesmo vale para a imagem dos animais nas embalagens: depois, porém, de provar produtos em que os insetos propriamente não estão visíveis, boa parte do público se mostra disposto a comer os bichos propriamente.

Na Alemanha já existem food trucks que vendem insetos como alimentos de rua

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Com as questões ambientais, o combate ao desperdício e à fome se tornando compromissos incontornáveis da indústria alimentícia, a produção de alimentos com insetos tende a crescer. Além de investir em sabor, o marketing terá papel fundamental em tal processo: se, depois de provar, a maioria das pessoas baixa a resistência, a grande dificuldade ainda é superar o asco e a impressão de sujeira que os insetos carregam no imaginário coletivo – para convencer o público a dar a primeira crocante mordida.

Besouro Platycoelia lutescens é preparado com milho tostado como prato típico do Equador
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FONTE/CRÉDITOS: Hypeness
FONTE/CRÉDITOS (IMAGEM DE CAPA): Divulgação
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